Comportamento
Humano
Thomas Stephens, através de alguns
exemplos práticos da vida quotidiana, mostra como alguns comportamentos vieram
comprovar estudos e experiências dantes consideradas pouco éticas e
superficiais.
Segundo ele, situações como:
“ Um empregado de mesa presta um
serviço excelente e, como consequência, os clientes deixam uma gorjeta
correspondente a 25 por cento do total da conta”.
Ou
“Uma mãe pede ao seu filho adolescente
que a ajude a levantar a mesa e ele ajuda-a imediatamente. Ela agradece-lhe”.
Demonstram
claramente mudanças comportamentais dos quais B. F. Skinner refere como sendo condicionamento
operante.
Burrhus Frederic Skinner (1904 - 1990) foi um autor e psicólogo
behaviorista
norte-americano, cujas ideias têm influenciado, e continuam a influenciar as
chamadas ciências do comportamento. Ele que acreditava que as experiências
estavam relacionadas exclusiva e directamente aos estímulos do próprio ambiente
Condicionamento operante
O condicionamento operante é um mecanismo que premeia
uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar
a necessidade à acção.
“O
trabalho de Skinner, forma de um modo geral a base das aplicações do que chamamos
atualmente de «modificação de comportamentos». Estas incluem contratos de
contingências, modelação de comportamentos, modificação do comportamento
cognitivo e modelação social, mas não se limitam aos mesmos” (Stephens, Thomas (2006).
Esse modelo foi muito utilizado nos anos 60, e
experiências comprovam a sua eficácia, o que deu razão aos que defendiam essa
ideia.
Segundo
o autor, estudos de investigação revelam que:“
um comportamento seguido de um estímulo de reforço aumenta a probabilidade
desse comportamento voltar a ocorrer, um comportamento não seguido de um
reforçador diminui a probabilidade desse comportamento voltar a acontecer e comportamento
seguido de um estímulo de aversão irá, com o tempo, extinguir esse
comportamento”.
Só que,
esses estímulos de reforços ou de aversão vão depender das preferências e da
história de cada indivíduo. Este complementa apresentando exemplos práticos de
masoquistas e ascetas.
Os
Behavioristas acreditam que o comportamento humano está diretamente ligado ao
meio onde ele vive. Sendo assim, será que podemos afirmar que cada grupo ou
camada social “produz” indivíduos com determinadas características?
Considerando
alguns exemplos práticos, podemos analisar o comportamento de várias tribos
como, os metálicos, motoqueiros, surfistas, etc, onde podemos identificar
traços idênticos de comportamentos.
Aplicação na sala de aula
Na
perspetiva behaviorista, a aprendizagem é um comportamento observável,
adquirido de forma mecânica e automática através de estímulos e respostas.
O
Behaviorismo radical de Skinner faz uma abordagem essencialmente periférica e
não leva em consideração o que ocorre na mente do aprendiz, os chamados construtores
intermediários, durante o processo de aprendizagem e sim com o comportamento
observável e controlado por meio de respostas como “a satisfação que o
indivíduo recebe como resultado de sua performance”
A
perspectiva behaviorista defende que a aquisição da linguagem se inclui na
perspetiva geral da aprendizagem, seguindo os seus princípios básicos, ou
seja, tudo o que a criança aprende é adquirido a partir do meio, através do
processo de integração na sociedade. A criança desenvolve a sua linguagem por
meio de um estímulo
Na
minha opinião, a educação deve ser planejada passo a passo, de
modo a obter os resultados desejados na "modelagem" do aluno.
Bibliografia
FERRARI,
Márcio. B. F. Skinner: O cientista do comportamento e do aprendizado. Revista Nova Escola. n.176,
out/2004. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/skinner-428143.shtml
Stephens, Thomas (2006). "Behaviorismo" in Feinstein, Sheryl. A aprendizageme o cérebro. Lisboa: Instituto piaget, pp 84-88.