quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Aprendizagem sob o olhar da teoria Behaviorista


Comportamento Humano

Thomas Stephens, através de alguns exemplos práticos da vida quotidiana, mostra como alguns comportamentos vieram comprovar estudos e experiências dantes consideradas pouco éticas e superficiais.

Segundo ele, situações como:

“ Um empregado de mesa presta um serviço excelente e, como consequência, os clientes deixam uma gorjeta correspondente a 25 por cento do total da conta”.
Ou

“Uma mãe pede ao seu filho adolescente que a ajude a levantar a mesa e ele ajuda-a imediatamente. Ela agradece-lhe”.

Demonstram claramente mudanças comportamentais dos quais B. F. Skinner refere como sendo condicionamento operante.

Burrhus Frederic Skinner (1904 - 1990) foi um autor e psicólogo behaviorista norte-americano, cujas ideias têm influenciado, e conti­nuam a influenciar as chamadas ciências do comportamento. Ele que acreditava que as experiências estavam relacionadas exclusiva e directamente aos estímulos do próprio ambiente

Condicionamento operante
O condicionamento operante é um mecanismo que premeia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à acção.
“O trabalho de Skinner, forma de um modo geral a base das aplicações do que chamamos atualmente de «modificação de comportamentos». Estas incluem contratos de contingências, modelação de comportamentos, modificação do comportamento cognitivo e modelação social, mas não se limitam aos mesmos” (Stephens, Thomas (2006).
Esse modelo foi muito utilizado nos anos 60, e experiências comprovam a sua eficácia, o que deu razão aos que defendiam essa ideia.
Segundo o autor, estudos de investigação revelam que:“ um comportamento seguido de um estímulo de reforço aumenta a probabilidade desse comportamento voltar a ocorrer, um comportamento não seguido de um reforçador diminui a probabilidade desse comportamento voltar a acontecer e comportamento seguido de um estímulo de aversão irá, com o tempo, extinguir esse comportamento”.
Só que, esses estímulos de reforços ou de aversão vão depender das preferências e da história de cada indivíduo. Este complementa apresentando exemplos práticos de masoquistas e ascetas.
Os Behavioristas acreditam que o comportamento humano está diretamente ligado ao meio onde ele vive. Sendo assim, será que podemos afirmar que cada grupo ou camada social “produz” indivíduos com determinadas características?
Considerando alguns exemplos práticos, podemos analisar o comportamento de várias tribos como, os metálicos, motoqueiros, surfistas, etc, onde podemos identificar traços idênticos de comportamentos.

Aplicação na sala de aula
Na perspetiva behaviorista, a aprendizagem é um comportamento observável, adquirido de forma mecânica e automática através de estímulos e respostas.
O Behaviorismo radical de Skinner faz uma abordagem essencialmente periférica e não leva em consideração o que ocorre na mente do aprendiz, os chamados construtores intermediários, durante o processo de aprendizagem e sim com o comportamento observável e controlado por meio de respostas como “a satisfação que o indivíduo recebe como resultado de sua performance”

A perspectiva behaviorista defende que a aquisição da linguagem se inclui na perspetiva geral da aprendizagem, seguindo os seus princípios básicos, ou seja, tudo o que a criança aprende é adquirido a partir do meio, através do processo de integração na sociedade. A criança desenvolve a sua linguagem por meio de um estímulo

Na minha opinião, a educação deve ser planejada passo a passo, de modo a obter os resultados desejados na "modelagem" do aluno.

Bibliografia

FERRARI, Márcio. B. F. Skinner: O cientista do comportamento e do aprendizado. Revista Nova Escola. n.176, out/2004. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/skinner-428143.shtml
Stephens, Thomas (2006). "Behaviorismo" in Feinstein, Sheryl. A aprendizageme o cérebro. Lisboa: Instituto piaget, pp 84-88.

domingo, 27 de maio de 2012

Motivação


MotivoRazão, aquilo que nos leva a fazer algo, justifica o nosso comportamento, explicação ou justificativa.

No processo ensino/aprendizagem, sabe-se, com todas as evidências, que a motivação é um fator chave para explicar o nível de desempenho, da produtividade de todos os intervenientes, nomeadamente o professor e o aluno.

Em contexto escolar o nível de motivação está relacionado com o grau de satisfação e o envolvimento com que são executados as tarefas. O professor tem um papel fundamental nesse estágio pois utilizando umas metodologias e recursos adequados pode ser responsável por impulsionar o aluno a desenvolver o interesse na aprendizagem dos conteúdos. De igual modo, da parte do professor, ao produzir esse efeito, também se sente motivado a desenvolver o seu trabalho

Um aluno motivado possui maiores argumentos para enfrentar, minimizar e superar dificuldades que possam surgir no decorrer do seu percurso acadêmico.

O novo dicionário Aurelio da Língua Portuguesa define motivação como “o conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo”. Motivar é uma combinação da expressão “motivo-em-ação”. Ela é a personificação de uma meta pela qual se luta, a busca de alguma coisa considerada desejável e válida.

Piramide de Maslow

 O psicólogo Abraham Maslow (1908-1970) desenvolveu dentro de sua Teoria da Motivação, uma hierarquia das necessidades que os homens buscam satisfazer.
Pirâmide das necessidades de Maslow
O modelo de Maslow sugere que as pessoas têm um conjunto de cinco categorias de necessidades que ele organizou por prioridade: fisiológicas, de segurança, sociais, estimam e de realização pessoal. Quando um nível de necessidades for satisfeito, passa-se automaticamente ao próximo.


 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ficha de Leitura

Referente ao Artigo


AMBIENTES DE COMUNICAÇÃO SÍNCRONA NA WEB COMO RECURSO DE APOIO À APRENDIZAGEM DE ALUNOS DO ENSINO SUPERIOR

Luísa Miranda
Instituto Politécnico de Bragança, Portugal


Paulo Dias
Universidade do Minho, Portugal

Breve Resumo

Esta comunicação apresenta um estudo relacionado com a utilização de ambientes web como ferramenta de aprendizagem e a natureza das interacções suportadas por redes síncronas e assíncronas.

 
Citações mais importantes
“ Alguns educadores consideram que os ambientes online, quando bem desenhados, podem ser particularmente adequados à aprendizagem interactiva, discursiva e situada, funcionando como suportes sócio-cognitivos da aprendizagem (Lapadat, 2002)”.

“ Os ambientes suportados por redes de comunicação síncrona funcionam como ambientes virtuais baseados em texto, apelativos por imersão dos alunos na conversação, enquanto que os ambientesgo suportados por redes de comunicação assíncrona, são tipicamente menos envolventes, focando-se mais na conversação reflexiva do que na imersão (Jonassen & Carr, 2002)”.

“ No chat, como um meio de comunicação síncrona, toda a comunicação é gerada em tempo real, atributo que o transforma num ambiente com grande amplitude de diálogo e deste modo com muitas semelhanças com o discurso falado. Atendendo a estas características particulares, o chat é um ambiente convidativo a uma maior informalidade, apresentando condições para que o fluxo dos diálogos ocorra com uma naturalidade próxima da linguagem falada”.

Comentário pessoal


O artigo refere a utilização de três aspectos importantes no processo de Aprendizagem online: A comunicação, Interacção e Motivação.
Desse estudo fica evidente a importância da comunicação síncrona e assíncrona no processo de aprendizagem pois utilizando as várias ferramentas como chats, fóruns, gera-se um clima social semelhante aos de uma sala de aula tradicional o que afasta um pouco a sensação de isolamento e solidão.
No que concerne à motivação viu-se que pelos diálogos mantidos entres os participantes todos se mostraram interessados, dinâmicos e o nível de motivação responde significativamente pelo grau de satisfação e envolvimento.
Quanto ao desempenho da maioria deles, todas as evidências apontam para um aumento significativo no rendimento e desenvolvimento da aprendizagem colaborativa.

Bibliografia


Miranda, L., & Dias, P. (2003). Ambientes de comunicação Síncrona na Web como recurso de apoio à aprendizagem de alunos do Ensino Superior. pp. 239-250.