quarta-feira, 6 de junho de 2012

Aula experimental – Trabalho de grupo


A nossa proposta de curso sobre “Como fazer uma apresentação eficaz”, destina-se aos adolescentes, mais concretamente aos pré universitários, como forma de os auxiliar na aquisição e domínio de técnicas adequadas para serem aplicadas numa apresentação, nomeadamente como ultrapassar o receio de falar em público.

A aula está disponibilizada num site cujo link é o seguinte: Aula 1

Grupo e-masters:



Ana Luzia Mira

Bernardo Uhongo

Filipa Marques

Sandra Silva

Tatiana carvalho

Considerações finais


No decorrer destas semanas, pouco a pouco, fui identificando alguns aspectos relacionados com as teorias da aprendizagem os quais faziam e continuam a fazer parte da minha rotina de trabalho mas que eram imperceptíveis devido a falta de reflexão sobre o tema.

Conceitos como a auto-regulação, motivação, metacognição, entre outros, desconhecidos até então, fizeram-me compreender que o papel do professor não é apenas o de um mero transmissor de conhecimento, mas que podemos fazer sempre mais e melhor para facilitar  e estimular o desenvolvimento psicológico dos nossos alunos, no processo ensino-aprendizagem .

Por ter um percurso académico direcionado para a área científico-tecnológica, confesso que senti algumas dificuldades em adaptar-me aos conteúdos dessa unidade curricular, bem como, às metodologias de trabalho.

Aos poucos, com as ideias apreendidas e outras produzidas através de pesquisas, ganhei novas perspetivas se foram abrindo sobre os diferentes assuntos, o que me possibilitou a realização das tarefas e a participação nas actividades propostas.

Apesar de tudo, a minha conclusão final recai sobre a importância e o entusiasmo que o portfólio assumiu durante essa fase do mestrado, operando como um espaço de reflexão intrínseca, proporcionando o acompanhamento passo-a-passo dos conteúdos e permitindo, ao mesmo, tempo efectuar uma avaliação constante da minha aprendizagem. Espero ter oportunidade de pôr em prática todos esses conhecimentos adquiridos em prol do melhoramento da minha atividade profissional.

Proposta de curso on-line


1.      Temática

Curso de Informática básica (na óptica do utilizador) para portadores de deficiência visual

Na era em que vivemos atualmente, possuímos inúmeras ofertas de acesso, armazenamento e transmissão de informações. Neste sentido, seria lógico e desejável que todos tivessem acesso às informações de uma forma fácil e direta. Contudo uma boa parte da população, por possuir limitações físicas (nesse caso a visual) ainda não conseguiram ter entrada naquela que é chamada de ” sociedade digital”.

2.     Descrição geral do curso on-line

Esse projecto vem no sentido de criar um curso e-learning de informática destinado a portadores de deficiência visual, em que utilizando softwares apropriados, seriam disponibilizados materiais didáticos on-line e todos os conteúdos seriam adaptados de forma adequada de modo a possibilitar a execução facilitada das mais variadas tarefas, desde o processamento de texto, folha de cálculo, correio electrónico, utilização da Internet, entre outras.

Sendo Cabo Verde um país composto por 10 ilhas, esse curso administrado no modelo e-learning possibilitaria a participação de pessoas com deficiência visual das diversas ilhas e além de abrir novos horizontes de conhecimento, permitiria desenvolver atividades ligados à informática quer como ferramenta de produtividade pessoal ou realizar/melhorar a sua actividade profissional utilizando esses recursos.



3.     Objetivos

Os objetivos gerais visa privilegiar a inclusão social, proporcionar uma melhor qualidade de vida, aumentar a participação dos cidadãos na tomada de decisões, a liberdade de expressão e todos os direitos democráticos de intervenção.

Pretende-se também dar a conhecer aos formandos as potencialidades de um conjunto de soluções informáticas, conhecimentos tecnológicos e acesso à Internet, dotando-os de competências básicas para o seu manuseamento.

No final da formação cada aluno terá que estar habilitado a executar tarefas relacionadas com os objetivos de cada unidade modular.

Objetivos específicos:

·         Conhecer as funcionalidades do programa leitor de tela

·         Utilizar o Leitor de telas, para ouvir tudo o que está sendo mostrado na tela, conforme navega pelo sistema.

·         Saber digitar e formatar textos

·         Trabalhar com imagens e tabelas num documento

·         Conhecer e utilizar sistemas operativos em ambiente gráfico Windows;

·         Organizar e personalizar a área de trabalho.

·         Saber criar e gerir pastas e ficheiros

·         Construir e formatar planilhas

·         Utilizar fórmulas para automatizar os cálculos

·         Criar gráficos ilustrativos

·         Utilizar e dominar os procedimentos de pesquisa racional e metódica na Internet;

·         Conhecer e dominar os conceitos de utilização da Internet em segurança;

·         Utilizar e dominar os procedimentos de operação do Ms Outlook para correio

·         Electrónico.


4.     Avaliação

A avaliação será realizada, ao longo das 80 horas disponibilizadas para o curso, utilizando actividades diversas, como:

·        Participação nas aulas

·        Realização dos trabalhos propostos em cada módulo principal do conteúdo programático;

·         Avaliações formativas efectuadas no final de cada módulo através da participação em fóruns, wikis e pelo feedback dado pelo formador

·         Avaliação formativa através da realização de um teste prático



5.     Fundamentação Teórico-Prática

Com o desenvolvimento tecnológico, aumentou o acesso aos meios de informação e comunicação tendo como importante auxiliar a diversidade de recursos disponíveis. O curso proposto, visa permitir aliar à prática pedagógica centrada no estudante, ao uso de tecnologias, utilizando métodos didácticos adequados com vista a responder às necessidades globais dos alunos, sem contudo deixar de levar em conta as suas necessidades especiais.

O curso irá ser administrado no modelo e-learnig, utilizando uma plataforma Moodle gerido por uma escola de informática, tendo em conta as características do e-learning, esta formação permitirá a todos os participantes, adquirir competências pessoais e profissionais de uma forma ativa, dinâmica e flexível numa situação de ensino não presencial.

6.     Métodos de ensino

O modelo de aprendizagem, adoptado para esse curso, será o socio-construtivista que assenta na aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.

O que se pretende neste curso é estimular a dinâmica colaborativa, tirando partido do fato de todos os participantes estarem inseridos num “meio” onde partilham as mesmas dificuldades, necessidades e anseios. Neste sentido as atividades síncronas e assíncronas vão permitir o desenvolvimento de processos colaborativos essenciais nas aprendizagens efetuadas em comunidades online, promovendo a interatividade e consequentemente o envolvimento do aprendente em todo o processo.

A utilização do ambiente virtual de aprendizagem, permitirá um conjunto de interações mais próximas entre formador e formando, possibilitando um rápido feedback sobre as atividades realizadas.

Um dos aspetos importantes a trabalhar será a motivação, que é considerado o impulsor da aprendizagem. Acredito que num primeiro momento, o aspeto motivacional encontra-se presente, pois isso, resulta da necessidade pessoal de cada um dos participantes (hierarquia das necessidades da pirâmide de Maslow), mas que deve ser cultivada face aos possíveis obstáculos que possam surgir devido a algumas dificuldades previstas ao longo do curso.

Em função das várias tarefas que serão propostas ao longo do curso, será possível ao formando efetuar uma autorregulação da aprendizagem, tendo em conta que terá a perceção em vários momentos do curso, através da sua dinâmica e participação, quer a nível individual, quer a nível coletivo.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Piaget e Vygotsky - Diferenças e semelhanças



Jean Piaget (1896-1980) e Lev Vygotsky (1896-1934) propuseram as teorias clássicas construtivistas do desenvolvimento cognitivo, embora muitas vezes em comparação, os conceitos diferem significativamente.

A teoria de Vygotsky, apoia-se na conceção de um sujeito interativo que elabora seus conhecimentos sobre os objetos, em um processo mediado pelo outro. O conhecimento tem génese nas relações sociais, sendo produzido na intersubjetividade e marcado por condições culturais, sociais e históricas. Na sua ópica o processo ensino-aprendizagem inclui aquele que aprende, aquele que ensina e a relação entre eles. Ele explica esta conexão entre desenvolvimento e aprendizagem através da zona de desenvolvimento proximal (distância entre os níveis de desenvolvimento potencial e nível de desenvolvimento real), um “espaço dinâmico” entre os problemas que uma criança pode resolver sozinha (nível de desenvolvimento real) e os que deverá resolver com a ajuda de outro sujeito mais capaz no momento, para em seguida, chegar a dominá-los por si mesma (nível de desenvolvimento potencial).

Piaget sustentava que o desenvolvimento cognitivo é uma progressão contínua de assimilação e acomodação e que esses processos complementares levam à adaptação. O conhecimento é construído progressivamente por meio de uma sequência de comportamentos ou operações mentais, o que Piaget denominadas esquemas. Piaget propôs que as crianças desenvolvem representações mentais do mundo com base nas ações físicas ou mentais, que são executadas no ambiente.

Vygotsky valoriza o trabalho coletivo, cooperativo, ao contrário de Piaget, que considera a criança como construtora de seu conhecimento de forma individual.

No seguimento relacionado com os processos de aprendizagem e de desenvolvimento cognitivo, ambos os psicólogos tem opiniões diferentes. Piaget defende que é o desenvolvimento progressivo das estruturas intelectuais que nos tornam capazes de aprender e para Vygotsky, a aprendizagem tem um papel fundamental para o desenvolvimento do saber, do conhecimento.

Sites para consulta: http://pt.scribd.com/doc/13401568/Piaget-Versus-Vygotsky
http://www.notapositiva.com/trab_professores/textos_apoio/psicologia/teoriaspiagetvygostsky.htm
http://www.ufsm.br/lec/02_00/Cintia-L&C4.htm

Auto-regulação e Metacognição


Considerar o aluno como um agente passivo na educação está a ficar cada vez mais distante da realidade atual.

Os alunos praticantes da aprendizagem auto-regulada, caracterizam-se como aprendizes ativos e dinâmicos que conseguem gerir, de uma forma eficaz, o seu processo de aprendizagem sem perder a motivação  e praticando a metacognição, ou seja, exercendo de uma forma autônoma um controle sobre a cognição.

A importância da metacognição e a sua aplicabilidade na educação, está relacionado com o conhecimento, controle e monitorização no que as pessoas são capazes de realizar relativamente à sua própria cognição.

Paris e Winograd (1990, apud Silva e Sá, 1997:24) oferecem dois significados: a auto-apreciação cognitiva que se refere às reflexões pessoais sobre os conhecimentos, competências cognitivas, fatores da tarefa e estratégias para realizá-las e a autoconstrução cognitiva ou a metacognição em ação que são as reflexões pessoais acerca da organização e planificação da acção, antes do início da tarefa, nos ajustamentos feitos enquanto ela se realiza, e nas revisões necessárias à verificação dos resultados obtidos, ou seja, o conhecimento metacognitivo possibilita a consciência dos processos envolvidos na aprendizagem do próprio aluno.


Bibliografia

Freire, L. G. (31 de Julho de 2009). Auto-regulação da aprendizagem. Ciências & Cognição, 14 (2), pp. 276-286. acedido a 03 de Jnho de 2012 em http://www.cienciasecognicao.org/
Sousa, P. M. (2006). Aprendizagem Auto-Regulada no contexto escolar: Uma Abordagem Motivacional. Acedido a 02 de Junho de 2012 em http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0295.pdf


quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Aprendizagem sob o olhar da teoria Behaviorista


Comportamento Humano

Thomas Stephens, através de alguns exemplos práticos da vida quotidiana, mostra como alguns comportamentos vieram comprovar estudos e experiências dantes consideradas pouco éticas e superficiais.

Segundo ele, situações como:

“ Um empregado de mesa presta um serviço excelente e, como consequência, os clientes deixam uma gorjeta correspondente a 25 por cento do total da conta”.
Ou

“Uma mãe pede ao seu filho adolescente que a ajude a levantar a mesa e ele ajuda-a imediatamente. Ela agradece-lhe”.

Demonstram claramente mudanças comportamentais dos quais B. F. Skinner refere como sendo condicionamento operante.

Burrhus Frederic Skinner (1904 - 1990) foi um autor e psicólogo behaviorista norte-americano, cujas ideias têm influenciado, e conti­nuam a influenciar as chamadas ciências do comportamento. Ele que acreditava que as experiências estavam relacionadas exclusiva e directamente aos estímulos do próprio ambiente

Condicionamento operante
O condicionamento operante é um mecanismo que premeia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à acção.
“O trabalho de Skinner, forma de um modo geral a base das aplicações do que chamamos atualmente de «modificação de comportamentos». Estas incluem contratos de contingências, modelação de comportamentos, modificação do comportamento cognitivo e modelação social, mas não se limitam aos mesmos” (Stephens, Thomas (2006).
Esse modelo foi muito utilizado nos anos 60, e experiências comprovam a sua eficácia, o que deu razão aos que defendiam essa ideia.
Segundo o autor, estudos de investigação revelam que:“ um comportamento seguido de um estímulo de reforço aumenta a probabilidade desse comportamento voltar a ocorrer, um comportamento não seguido de um reforçador diminui a probabilidade desse comportamento voltar a acontecer e comportamento seguido de um estímulo de aversão irá, com o tempo, extinguir esse comportamento”.
Só que, esses estímulos de reforços ou de aversão vão depender das preferências e da história de cada indivíduo. Este complementa apresentando exemplos práticos de masoquistas e ascetas.
Os Behavioristas acreditam que o comportamento humano está diretamente ligado ao meio onde ele vive. Sendo assim, será que podemos afirmar que cada grupo ou camada social “produz” indivíduos com determinadas características?
Considerando alguns exemplos práticos, podemos analisar o comportamento de várias tribos como, os metálicos, motoqueiros, surfistas, etc, onde podemos identificar traços idênticos de comportamentos.

Aplicação na sala de aula
Na perspetiva behaviorista, a aprendizagem é um comportamento observável, adquirido de forma mecânica e automática através de estímulos e respostas.
O Behaviorismo radical de Skinner faz uma abordagem essencialmente periférica e não leva em consideração o que ocorre na mente do aprendiz, os chamados construtores intermediários, durante o processo de aprendizagem e sim com o comportamento observável e controlado por meio de respostas como “a satisfação que o indivíduo recebe como resultado de sua performance”

A perspectiva behaviorista defende que a aquisição da linguagem se inclui na perspetiva geral da aprendizagem, seguindo os seus princípios básicos, ou seja, tudo o que a criança aprende é adquirido a partir do meio, através do processo de integração na sociedade. A criança desenvolve a sua linguagem por meio de um estímulo

Na minha opinião, a educação deve ser planejada passo a passo, de modo a obter os resultados desejados na "modelagem" do aluno.

Bibliografia

FERRARI, Márcio. B. F. Skinner: O cientista do comportamento e do aprendizado. Revista Nova Escola. n.176, out/2004. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/skinner-428143.shtml
Stephens, Thomas (2006). "Behaviorismo" in Feinstein, Sheryl. A aprendizageme o cérebro. Lisboa: Instituto piaget, pp 84-88.

domingo, 27 de maio de 2012

Motivação


MotivoRazão, aquilo que nos leva a fazer algo, justifica o nosso comportamento, explicação ou justificativa.

No processo ensino/aprendizagem, sabe-se, com todas as evidências, que a motivação é um fator chave para explicar o nível de desempenho, da produtividade de todos os intervenientes, nomeadamente o professor e o aluno.

Em contexto escolar o nível de motivação está relacionado com o grau de satisfação e o envolvimento com que são executados as tarefas. O professor tem um papel fundamental nesse estágio pois utilizando umas metodologias e recursos adequados pode ser responsável por impulsionar o aluno a desenvolver o interesse na aprendizagem dos conteúdos. De igual modo, da parte do professor, ao produzir esse efeito, também se sente motivado a desenvolver o seu trabalho

Um aluno motivado possui maiores argumentos para enfrentar, minimizar e superar dificuldades que possam surgir no decorrer do seu percurso acadêmico.

O novo dicionário Aurelio da Língua Portuguesa define motivação como “o conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo”. Motivar é uma combinação da expressão “motivo-em-ação”. Ela é a personificação de uma meta pela qual se luta, a busca de alguma coisa considerada desejável e válida.

Piramide de Maslow

 O psicólogo Abraham Maslow (1908-1970) desenvolveu dentro de sua Teoria da Motivação, uma hierarquia das necessidades que os homens buscam satisfazer.
Pirâmide das necessidades de Maslow
O modelo de Maslow sugere que as pessoas têm um conjunto de cinco categorias de necessidades que ele organizou por prioridade: fisiológicas, de segurança, sociais, estimam e de realização pessoal. Quando um nível de necessidades for satisfeito, passa-se automaticamente ao próximo.